O quadro revela os auto-retratos que constituem o centro da obra da pintora e discute, acima de tudo, a questão da identidade. Nele, as duas Fridas se encontram sentadas de mãos dadas; uma delas veste uma indumentária tipicamente mexicana, a outra usa um vestido branco, de estilo vitoriano. As suas mãos se tocam, mas a verdadeira conexão entre ambas é a artéria que as une, saindo de um coração exposto, mas inteiro, da Frida mexicana e correndo em direção ao coração partido da européia. Uma artéria desce do coração da Frida vestida de branco e seu sangue goteja na roupa. O conjunto mostra claramente as duas sociedades distintas. É necessário levar em conta que o México 'autêntico' está representado como a fonte da vida, enquanto que ao seu lado, em oposição, encontra-se uma Europa puritana que se esvai em sangue. O quadro representa uma metáfora das entrelaçadas histórias de Frida Kahlo, do México e do mundo desenvolvido. A sexualidade da Frida mexicana se encontra bem enfatizada pelas suas pernas posicionadas mais abertas.
As duas Fridas (Las dos Fridas) - 1939
quarta-feira, 11 de março de 2009
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