Trailer do Filme Frida (2002)

quarta-feira, 18 de março de 2009


Direção impecável, fotografia de primeira e grandes atuações marcam os 123 minutos deste longa dirigido por Julie Taymor. E, como não poderia ser diferente, quem brilha por aqui é a própria Frida Khalo (vivida magnificamente por Salma Hayek). Salma encanta os espectadores com sua beleza única e com fortes cenas (para os críticos que a julgam como uma atriz fraca, Salma dá um banho de interpretação).

O pançudo sedutor Diego (Alfred Molina) convence tanto que chega a dar raiva e nos faz acreditar que ele realmente é o Sr. Rivera, canalha e ao mesmo tempo do bem. A coadjuvante Ashley Judd consegue em poucas cenas brilhar com a sua personagem pra lá de sedutora Tina.

Mas nem só de bom elenco vive Frida, como já disse a fotografia está sensacional. As cores fortes dos cenários, regados a pintura de Khalo e Rivera, caíram perfeitamente com a fotografia e com a direção (que consegue transformar até um terrível acidente de ônibus em arte).


O pecado da diretora foi não explorar Edward Norton (um dos melhores atores do cinema), que faz apenas algumas aparições como o empresário Rockfeller.

O mais legal em Frida é que o filme, apesar de ser um drama romântico, é animado e cheio de diálogos inteligentes e cômicos em momento algum sentimos vontade de levantar da poltrona. Enfim, ta cansado de biografias piegas e monótonas? Então veja Frida e descubra que a arte, o amor e a dor andam lado a lado.


Crítica publicada por: criticandofilmes.blogspot.com  

Por: Paulo Mendonça.

sexta-feira, 13 de março de 2009

"Porque é que lhe chamo Meu Diego?
Ele nunca foi e nem será meu.
Ele pertence a si próprio."


Frida Kahlo

Reportagem publicada na Folha Online em 24/05/2006


O quadro "Raízes", da pintora mexicana Frida Kahlo, foi arrematado nesta quarta-feira por US$ 5,6 milhões em um leilão de arte latino-americana realizado pela Casa Sotheby's, em Nova York.

Foi o maior preço já pago por uma obra de arte latino-americana. O recorde anterior, de US$ 5 milhões, era de "Auto-retrato", também de Kahlo, vendida pela Sotheby's em 2000.

"Raízes", um pequeno óleo sobre metal de 35 centímetros de altura por 50 de largura, obteve exatamente US$ 5.616.000. A obra foi pintada após o segundo casamento de Frida com o muralista Diego Rivera, e simboliza, segundo o comunicado da casa de leilões, "sua unidade após anos de dor e sofrimento". No quadro Frida aparece recostada na terra. De seu peito e costas brotam plantas, cujas folhas ocupam o primeiro plano da tela.
"'Raízes' pertence ao período em que Kahlo e Diego Rivera se uniram em matrimônio, quando ela refloresceu e desenvolveu seu potencial. É o período no qual suas obras estão mais acabadas, em que seu trabalho está mais maduro", explicou Carmen Melián, diretora do departamento de arte latino-americana da Sotheby's.


"Durante a exibição que organizamos antes do leilão, pessoas interessadas vinham de lugares remotos para ver a obra, como se fosse uma peregrinação a uma espécie de altar", afirmou Melián.

O comprador de "Raízes" é um colecionador particular anônimo, que disputou a obra por telefone. A obra passou os últimos 20 anos na coleção particular de um americano, após ter pertencido à mecenas mexicana Dolores Olmedo. Em 2005, o quadro apareceu brevemente em uma exposição na Tate Modern Gallery de Londres. 


Fonte: Folha Online (24/05/2006)

quinta-feira, 12 de março de 2009

''E a sensação nunca mais me deixou, de que meu corpo carrega em si todas as chagas do mundo.''


Frida Kahlo

''Não estou doente. Estou partida. Mas me sinto feliz por continuar viva enquanto puder pintar.''


Frida Kahlo

''Pinto a mim mesmo porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.''


Frida Kahlo

Experiências...

''Algum tempo atrás, talvez uns dias, eu era uma moça caminhando por um mundo de cores, com formas claras e tangíveis. Tudo era misterioso e havia algo oculto; adivinhar-lhe a natureza era um jogo para mim. Se você soubesse como é terrível obter o conhecimento de repente - como um relâmpago iluminado a Terra! Agora, vivo num planeta dolorido, transparente como gelo. É como se houvesse aprendido tudo de uma vez, numa questão de segundos. Minhas amigas e colegas tornaram-se mulheres lentamente. Eu envelheci em instantes e agora tudo está embotado e plano. Sei que não há nada escondido; se houvesse, eu veria.''


Frida Kahlo